Por Marcelo Kurts
Salve salve simpatia, vamos falar de um grupo que ajudei a formar em janeiro de 1995.
O grupo Z’África Brasil apresentou na noite de sábado, 25, no SESC Pompéia, em São Paulo, o lançamento do vinil “Antigamente Quilombos, Hoje Periferia”. Cujo trabalho teve sua primeira edição em CD no ano de 2002 pela RSF Records em parceria com o selo Elemental. Dessa vez o novo formato do disco veio em vinil duplo produzido pela empresa Vinil Brasil em parceria com os selos Elemental e All Maders Music, fazendo jus à cultura do DJ de Hip Hop e demais admiradores.
Um álbum clássico para o RAP nacional, recheado de informações importantes para a cultura brasileira através de fatos pouco difundidos em livros didáticos de História. Érico Theobaldo, primo do DJ e musicista Théo Werneck (que também participou do disco), assinou a produção que contou com as participações especiais de Thaíde, Mestre Vítor da Trindade, Odara Soul, Simone Soul, Lino Krizz, Tank e do grupo francês Assassin.
O show acústico realizado na Choperia do Sesc Pompéia teve a colaboração de alguns músicos da banda de Reggae Veja Luz, acompanhados pelos vocais de Thaíde, Lino Krizz, Kamau, Nalla e BG da Gaita (ex membro do Z’África). Nos solos e riffs de violão de aço, estava Théo Werneck.
Gaspar liderou o show, fazendo o público animado pular, Funk Buia como sempre sarcástico, manteve a essência africana do grupo com vocais Ragga, enquanto que Pitchô cumpriu seu papel de guardião, sem esquecer do DJ Tano que além de segurar nos scratchs, efeitos e colagens, também tocou em uma MPC produzindo efeitos de batidas que outrora eram difundidas através do Fernandinho Beat Box (ex membro do grupo). Só faltou o DJ Meio Kilo que na época era meu sucessor nos toca discos.
Foi um importante evento de RAP em que o grupo Z’África Brasil manteve a valorização da cultura regional do Brasil e valores pregados pelo verdadeiro Hip Hop de base.
Chapô Chapinha?
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