Evento promovido pelo Mês da Cultura Independente, traz show de integrante do coletivo Wu Tang Clan ao centro de São Paulo
No último domingo, 07, feriado da Independência do Brasil, o MCI trouxe ao país, GZA, rapper americano membro-fundador do Wu Tang Clan, um dos mais importantes coletivos da história. O show aconteceu de graça no Vale do Anhangabaú.
Edi Rock, integrante do Racionais Mc’s, abriu o espetáculo por volta das 16h com seu parceiro de rima Don Pixote e sua banda Us Fora da Lei. Cantou músicas de seu disco solo “Contra Nós Ninguém Será”, abrindo o show com “Selva de Pedra”.
Convidou Sandrão, do grupo RZO, para uma participação especial. O rapper cantou “A Banca”, música do extinto grupo Charlie Brown Jr. E deu prosseguimento com “Você Não Pode se Enganar”. Segurando pás, Edi Rock e Don Pixote cantaram “Cava, cava”.
Para comemorar os 25 anos de existência do Racionais Mc’s, Edi Rock cantou “Mágico de Oz”, “Capítulo 4 versículo 3” e “Mente do vilão” com Don Pixote, que deu continuidade com a canção “Letras de neon” com participação de Nego Jam.
Durante a apresentação, pichadores escalavam prédios para deixar suas marcas registradas.
Edi Rock ainda interpretou “Estilo cachorro”, ” A vida é desafio” e “Negro drama”, quando viu seus amigos na plateia, chamou-os para subir ao palco. Eram eles Sombra, do grupo SNJ, e Big, Rapa da Godoy. Sombra cantou a antiga “Não seja mais um pilantra”, sendo o show finalizado com “That’s my way”.
Antes da apresentação de GZA, havia um dj discotecando. Soltou clássicos do rap, começando por “Oitavo Anjo” de Dexter.
A pichação continuava rolando, até que um rapaz caiu do prédio onde estava pendurado, houve uma movimentação, bombeiros chegaram e foram embora de maca vazia. Aparentemente o rapaz não aceitou o socorro. O fato não abalou os outros pichadores que continuavam rabiscando com sprays. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) se aproximou, mas não os intimidou os, um deles ainda tirava uma onda dançando em cima de uma varanda. Felizmente quando estavam tentando descer do prédio, dezenas de pessoas deram cobertura para que eles conseguissem pular e fugir dos policiais.
Acredito que por volta de 18h, GZA entrou no palco. Cantou músicas de seu segundo álbum solo, denominado “Liquid swords”, entre outros clássicos, como “Clan in da front”, “Shimmy shimmy ya” do falecido Ol Dirty Bastard, “Wu-Tang Clan ain’t nuthing ta fuck wit”, “Reunited” e “Protect ya neck”.
Apesar de não ser a primeira vez que o rapper norte-americano faz um show de graça em São Paulo, os fãs não continham a emoção. Muitos invadiram a área restrita e alguns chegaram até a subir no palco. Sandrão teve de intervir algumas vezes, pedindo enfaticamente para que descessem, “É essa imagem que vocês querem passar?”, perguntou. Alguns desciam, mas não demorava muito, subiam novamente. Gza é extremamente humilde com os fãs e parecia não saber como agir diante daquela situação. Chegou a se sentar no palco para cantar mais próximo do público.
Para fechar com chave de ouro, o rapper terminou o show com “Big Bang rap”, música que deve estar em seu próximo disco, chamado Dark Matter.
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