Diante da emergência climática, São Paulo precisa escolher qual cidade quer ser.
Foto: Júlia Nagle @ju.nagle / @pimpmycarroca
Diante da emergência climática, da crise humanitária que vive São Paulo, da evidente necessidade de adaptação das cidades para garantir o bem-estar coletivo e considerando nosso histórico de 12 anos trabalhando ao lado das catadoras e catadores de materiais recicláveis (principais responsáveis pela reciclagem no país e os trabalhadores mais vulnerabilizados nessa cadeia), o Pimp My Carroça vem a público manifestar sua orientação pela mudança de gestão na prefeitura de São Paulo.
O Pimp My Carroça é uma organização suprapartidária, mas se mantém fiel a seus valores, a nossa visão e missão. Por isso, entendemos que como uma organização da sociedade civil, precisamos marcar nosso compromisso com as propostas para cidades pró-catadoras e catadores – feitas com um grupo de trabalho de catadoras e catadores autônomos de São Paulo, considerando demandas históricas de catadores na cidade.
“Não é contra uma pessoa, é contra as ações que são feitas sob sua gestão. Incentivamos nossa rede a votar e promover candidaturas que se comprometam em melhorar a realidade das catadoras e catadores de materiais recicláveis, não em quem criminaliza e marginaliza esses profissionais. A emergência climática é um assunto importante e a prefeitura está tomando decisões que vão contra tudo que precisamos enquanto cidade, como queimar resíduos”, comenta Nanci Darcolléte, catadora e diretora executiva do Pimp My Carroça.
São Paulo vive uma crise humanitária, com mais de 80 mil pessoas em situação de rua, 30 mil catadoras e catadores desassistidos e marginalizados da coleta seletiva e limpeza urbana (contratos que foram renovados mesmo com a taxa de 0,77% de reaproveitamento de resíduos), além de apoiar a incineração e promover um abismo social cada vez maior entre o acesso de direitos da população e os privilégios de uma minoria.
A gestão atual não promoveu melhorias para a categoria em nenhum nível, pelo contrário, desapropriou cooperativas, apreendeu carroças e bens pessoais ilegalmente. Na atual gestão, o catador muitas vezes não pode nem deixar resíduos nos EcoPontos e o trabalho informal seguiu sendo regra regra na cadeia da reciclagem, expondo pessoas a situações análogas à escravidão.
Cidadãs e cidadãos de São Paulo, exerçam o controle social necessário para que se possa falar em democracia. Perguntem-se: vocês querem incineradores de lixo perto de suas casas? Acham correto ter um incinerador a 200 metros de um CEU, uma EMEF e uma UBS? Querem que pessoas andem pelas ruas coletando resíduos a troco de pinga? Você considera o trabalho de catadores e catadoras importante para o meio ambiente urbano? Pois o atual prefeito e candidato à reeleição não reservou nenhum centavo para catadores nos contratos de R$81 bilhões pelos próximos 20 anos.
Se queremos ser uma cidade que promova os direitos humanos, a preservação da natureza e, finalmente, o desenvolvimento sustentável através da promoção de empregos verdes para catadoras e catadores com dignidade e remuneração justa, precisamos votar e incentivar a mudança para o próximo turno.
RAP NA RUA OFICIAL
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