Katy Perry, a artista mais pedida nas redes sociais e que escolheu o Rock in Rio para fazer o lançamento do novo álbum “143” foi headliner do Palco Mundo, enquanto IZA à espera de Nala, como principal atração do Sunset, fecharam os espaços em super alto astral. (Créditos da imagem: Divulgação)
Sextou em clima de empoderamento. As mulheres ocuparam os palcos do Rock in Rio, nesta sexta-feira, e o line up foi para todas as idades, com a Cidade do Rock se transformando na casa de uma imensa família para assistir nomes como Katy Perry, IZA, Cyndi Lauper, Ivete Sangalo e Gloria Gaynor fizeram o público dançar sem parar. Diversos ritmos estiveram presentes e com muita inovação. Ivete fez um sobrevoo sobre a plateia, Karol G dançou em palco molhado e convidou o público para dançar com Pabllo Vittar, Sevdaliza e Yseult, Gloria Gaynor transformou o palco em pista da Disco Music, Tyla homenageou os fãs, chamados de “tigers”, com um enorme tigre inflável no centro do palco. E claro, Katy Perry, que entrou levitando, contou com uma borboleta enorme em sua cenografia e ainda trouxe Cyndi Lauper para sua apresentação. Juntas, as artistas cantaram “Time After Time”.
Ivete Sangalo, em sua 18ª apresentação em Rock in Rio, abriu o Palco Mundo com uma energia contagiante. Sem parar por nem um minuto, Veveta impressionou ao sobrevoar as 100 mil pessoas ao som de “Eva”. O show da Mainha contou com a participação especial de Liniker, com direito a selinho das artistas. As gêmeas da cantora, Marina e Helena, de 5 anos, também subiram ao palco na última música, “O Mundo Vai”, mostrando que herdaram a energia da mãe.
Em seguida Cyndi Lauper, que marcou – e continua a marcar – gerações com suas canções que falam de empoderamento feminino, mostrou porque ainda é uma das artistas pop mais emblemáticas do mundo. Pioneira em levantar questões sobre a força das mulheres e um símbolo para a comunidade LBTQIAPN+ desde a década de 80, a cantora enfileirou hits como “She Bop”, “Time after Time” e “Girls Just Want to Have Fun”, além de dançar, correr pelo palco e abraçar a bandeira do Brasil. Em uma noite de celebração às mulheres de todo o mundo, a colombiana Karol G entregou toda a sua herança latina para o Rock in Rio. Animando o público do início ao fim, com interações em português, a artista musa do reggaeton trouxe Pabllo Vittar para uma participação ao lado de Sevdaliza e Yseult, na performance de “Alibi”.
Katy Perry, que escolheu o Rock in Rio para lançar mundialmente o álbum “143”, mostrou porque era uma das artistas mais desejadas pelo público para se apresentar neste ano na Cidade do Rock. A cantora, estrela do pop mundial, fez um show apoteótico. Apresentou suas novas canções “Woman´s World”, “I´m His, He´s Mine” e “Gimme Gimme”, sem deixar escapar hits como “I Kissed a Girl”, “Firework”, “Hot ‘n Cold”, “Dark Horse”, “Roar”, entre diversos outros. Para dançar “Swish Swish”, a cantora levou ao palco um fã, Douglas. Em um momento emocionante, com apenas dois violões no palco, Katy Perry recebeu Cyndi Lauper e cantaram o clássico “Time after Time”. Após um hiato de seis anos sem vir ao país, emocionou as Katy Cats, como os fãs são carinhosamente chamados. Alicia Maria Souza e Jaime Neto, de 26 anos, são exemplos de fãs da artista. Saíram de Anamã, no interior do Amazonas, para ver a musa pela primeira vez. “Ficamos amigos por conta dela, quando tínhamos 12 anos. Nunca tínhamos saído da nossa cidade e chegamos aqui na porta às 7h da manhã para ver a Katy”, conta Alicia, que logo na abertura de portas já tinha planos de ficar na turna do gargarejo, na grade para assistir o show sem barreiras para ver a sua artista preferida.
Palco Sunset traz line-up com olhar para a diversidade
No Palco Sunset, o line-up desta sexta-feira foi de artistas negras de diversas gerações e estilos de músicas. Abrindo o espaço, Luedji Luna conhecida por misturar MPB, soul, jazz e música africana, compartilhou o palco com Tássia Reis, uma das vozes mais potentes do rap e do R&B brasileiro, e Xênia França, uma referência na música afro-brasileira e no movimento afrofuturista. O encontro das três artistas celebrou a força feminina e negra na música, em um espetáculo único. Ao final do show, o filho de Tassia, Dayo, de apenas quatro anos, participou do show em um momento de fofura da tarde.
“É uma honra imensa fazer parte do line up do Rock in Rio, ainda mais em um dia dedicado às mulheres e em um palco dedicado às mulheres negras, com tantas artistas que eu admiro tanto e que apresentam mais ainda a nossa pluralidade. Hoje realizei um sonho que vou levar para o resto da vida. foi incrível e histórico”, conta Luedji. Em seguida, foi a vez da cantora sul-africana Tyla, ganhadora do primeiro Grammy dedicado à melhor performance de música africana, subir ao Palco Sunset. Com um tigre enorme na cenografia, ela animou o público com a dançante “Water” e ao som de “Parado no Bailão”, dançando um funk para brasileiro nenhum colocar defeito.
No início da noite, subiu ao palco a diva vencedora de dois prêmios GRAMMY e lenda da música global, Gloria Gaynor, que voltou ao Brasil depois de uma década. Reconhecida mundialmente por sua poderosa voz e presença de palco magnética, fez uma pista de Disco Music com “I Will Survive”Can Say Goodbye” e embalou casais apaixonados com “Killing me Softly” e “Can’t Take My Eyes Off You”.
Encerrando o Palco Sunset, a gravidíssima IZA, fenômeno do pop brasileiro, subiu aos palcos e deixou todos encantados com sua potência e beleza! Com um show completamente novo e orquestra, a cantora trouxe sucessos como “Dona de Mim”, “Meu talismã” e “Ginga”. A artista também relembrou o início de sua trajetória, com os covers de “Doo Woop” e “Say my Name”. Em um momento emocionante, a cantora recebeu Ivete Sangalo no palco, que usava uma jaqueta escrito “Nala” em homenagem a filha de Iza que está prestes a nascer. Nem mesmo a barriga de 35 semanas de gravidez foi capaz de parar a artista, que desceu do palco para se juntar a plateia.
Amanda Valsack, 26 anos, de Curitiba, veio ao Rock in Rio pela primeira vez com a amiga Deborah Cristina dos Santos, 28 anos, curtiram as mais variadas ativações nos estandes e fotos nos espaços instagramaveis antes de aproveitarem os shows. “É a primeira vez que estamos aqui no Rio e aproveitamos para baixar o aplicativo e programamos tudo que iríamos fazer”, comenta Amanda. “Nós também gostamos muito dos shows da Isa e da Karol G, valeu muito a pena vir de Curitiba para sentir essa energia do Rock in Rio”, afirma Deborah.
Encerrando a noite dedicada às mulheres, a DJ, produtora, compositora e um dos destaques da cena eletrônica atual, Alison Wonderland incendiou a pista de dance music, New Dance Order.
Supernova
No Dia Delas, o Palco Supernova foi território acolhedor para múltiplos talentos femininos que movimentaram o espaço. O dia começou com o show de Nina Fernandes, que colocou todo mundo para dançar com seus hits que misturam instrumentos e gêneros. Ao finalizar sua apresentação, a artista fez questão de tirar fotos com seus admiradores. Em seguida foi a vez da banda latina, Darumas. Mesclando funk latino-americano com pop. Elas roubaram a atenção com canções autorais e covers como o da música “I Wanna Dance With Somebody”, de Whitney Houston.
N.I.N.A viveu um grande momento de emoção em seu show. Ela celebrou a marca de 10 milhões de streams alcançados pelo álbum ‘Pele’, lançado no ano de 2022. Considerada um dos principais nomes do rap nacional, Cynthia Luz fechou o dia entregando hits e muito estilo. “Eu vim para ver a Katy Perry, mas aí comecei a pesquisar o line-up dos outros palcos. Conheci Darumas assim e achei muito interessante essa mistura de tantos países. As músicas eram lindas. Ouvir ao vivo confirmou o que eu senti no fone. Amei. Agora vou de um palco para outro porque são muitos shows para ver hoje”, diz Mariana Morulo, 23 anos, designer gráfico.
Espaço Favela
Quem abriu o Espaço Favela foi Brisa Flow, que referenciou povos indígenas e utilizou combinações de instrumentos de sopro e tecnologia. A mineira entrou no palco entoando que “favelado quer viver e não só sobreviver”. Transportando o público da Cidade do Rock diretamente para São Paulo, MC Dricka apresentou um show energizado e com elementos pirotécnicos, além de elementos que remetiam diretamente ao “funk raiz”, desde a indumentária até as coreografias. A paulista apresentou também a música Golpeame, colaboração com a venezuelana Arca.
Em uma megaprodução com direito a telão e elementos cenográficos, Pocah encerrou a noite num show que homenageou Duque de Caxias, onde nasceu. Para cantar “Cria de Caxias”, a cantora recebeu Slipmami, que abriu o Palco Favela no primeiro dia de festival. Mostrando toda a sua versatilidade, apresentou suas três versões – Pocah, Viviane e MC Pocahontas – em uma setlist que incluía músicas de diferentes momentos de sua carreira, desde Casa dos Machos até os dias atuais. Durante a música Livramento, Pocah fez um protesto contra o feminicídio e a violência contra a mulher. Emocionada, recebeu no palco sua mãe para dedicar o trecho “Obrigada por não desistir de mim. Porque eu mesma quase desisti”. A filha da cantora, de 8 anos, fez uma aparição durante a música “Vitória” e se declarou para a mãe: “eu te amo mais que tudo no mundo”.
Durante todo o dia, as três artistas ilustraram em cima do palco a potência feminina nos mais diversos aspectos e estilos, mostrando que as mulheres podem ocupar todos os espaços. Para Rafaela Lima, que levou as filhas Liz, de 8 anos, e Lara, de 10 anos, ao festival, ter um dia inteiramente dedicado as mulheres é sinônimo de representatividade. “Ter um dia como esses reforça a força feminina, mostra a garra das mães e nos aproxima do que buscamos pra nós e nossas filhas como mulheres.”, comentou.
Global Village com a embaixadora Angélique Kidjo
As mulheres também dominaram o palco do Global Village. A programação teve início com apresentação da cantora, compositora e atriz potiguar Juliana Linhares, que exaltou a cultura nordestina, com destaque para o Rio Grande do Norte. Ela apresentou músicas do álbum Nordeste Ficção, como “Bombinha”, “Balanceiro” e “Meu Amor Afinal de Contas”, parceria com Zeca Baleiro. A cantora e compositora portuguesa Carminho, considerada uma das maiores referências quando o assunto é fado, foi a segunda a subir no palco. Ela também coleciona feats com grandes nomes brasileiro, e apresentou “Chuva no Mar”, parceria com Marisa Monte.
A headliner da noite foi Angélique Kidjo, embaixadora do Global Village e uma das maiores artistas internacionais do mundo. Com 14 álbuns lançados, foi eleita a “primeira diva da África” e nomeada uma das pessoas mais influentes no mundo em 2021 pela Time Magazine. Para além dos palcos, Angélique também é embaixadora da Unicef e da Oxfam Internacional. A cantora atraiu o público com seu ritmo animado, voz potente e passos de dança contagiantes. A artista cantou hits como “Africa, One of a Kind”, “Agolo”, “Once in a Lifetime” e “Meant For Me”. Durante a música “Mama Africa”, Angélique desceu do palco e se juntou ao público.
Bianca Andrade, de 50 anos, veio para o evento para assistir ao show da Iza, mas acabou parando para ver a apresentação e se surpreendeu. “Ela tem uma energia incrível, todo o corpo dela se comunica com a gente. O evento é cheio de alegria e para as famílias de todas as idades.” disse a psicóloga.
O Global Village também conta com o Espaço Delas, idealizado com o objetivo de amparar mulheres que estejam desacompanhadas no festival, que precisem recarregar a bateria do celular ou que tenham passado por algum tipo de situação em que se sintam vulneráveis. Maria Antonia Chady, uma das cofundadoras da comunidade de empreendedorismo feminino Papo Delas e do Espaço, destaca que essa é a primeira iniciativa voltada só para mulheres em um festival. “Nós contamos com uma psicóloga no local, em parceria com a Potência Psicologia Integrativa, e estamos trabalhando em conjunto com a Secretaria da Mulher que está fazendo todo o protocolo de segurança do Rock in Rio, incluindo o protocolo do Não é Não”, conta Maria Antonia. O Espaço Delas também tem parceria com o Instituto Glória, promovendo acolhimento no festival. “Nós atuamos ainda encontrando mulheres que precisam de amparo até no meio da multidão. Então o Espaço Delas tem sido um ponto onde elas se sentem seguras, trocam experiências e se conhecem”, finaliza ela.
RAP NA RUA OFICIAL
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