Rincon Sapiência: “A coisa tá preta, oh que legal!”

SAO PAULO, SP - 14 JANEIRO: O rapper e compositor Rincon Sapiencia posa para retratos na Praca da Bandeira e na Ocupacao Ouvidor, no Centro de Sao Paulo, em 14 de janeiro de 2016 . (Foto: Renato Stockler)
Foto: Renato Stockler

Em 13 deste mês Rincon Sapiência comemorou o Dia da Abolição lançando o clipe “A Coisa Tá Preta” e ressignificando a expressão que geralmente vem carregada de preconceito. O single faz parte do primeiro disco do cantor “Galanga Livre” com previsão para ser lançado em junho.

Gravado na Cohab 1, na zona leste de São Paulo, “A Coisa Tá Preta” revela a essência da música ao exaltar a negritude e ao tratar uma expressão historicamente utilizada em tom pejorativo de maneira positiva. Em clima de festa, dançarinos e figurantes cuidadosamente selecionados representam a diversidade da beleza negra no clipe, uma constante nos trabalhos de Rincon Sapiência.

Produzido pela Boia Fria Produções em parceria com a Porqueeu Filmes, o clipe teve direção de Luis Rodrigues e do próprio Rincon Sapiência, e contou com direção de fotografia e câmera da agência Na Lata. Valorizando o elenco e as locações da gravação no bairro de Arthur Alvim _onde Rincon Sapiência nasceu, cresceu e se fez rapper_, o clipe se desenrola com naturalidade por cenários que fazem parte da história do artista. Entre becos e vielas, o campinho de futebol e os peculiares predinhos da Cohab 1, Rincon e o elenco se deixam embalar pela batida eletrizante aliada a samples de berimbau. Os figurinos elegantes, com roupas, acessórios e maquiagem, compõem um conjunto que remete, ao mesmo tempo, à ancestralidade e ao afrofuturismo. Somados à musicalidade e à dança, os elementos visuais expressam uma diversidade de cores e texturas que evidenciam o espírito do hit que promete tomar as pistas com orgulho e atitude negra.
 
A imersão do rapper no universo da música africana se destaca em seu trabalho no álbum “Galanga Livre”. Produzido pelo próprio rapper, o disco conta com coprodução e mixagem do experiente William Magalhães, (Banda Black Rio) e masterização de Arthur Joly. O disco “Galanga Livre” traz influências da negritude que vão desde a capoeira até o blues, passando pelo coco e pela tropicália, até o afrobeat, permeadas pela veia rock and roll que caracteriza a obra de Rincon.

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