“Todo Poder ao Povo! Emory Douglas e os Panteras Negras” tem curadoria do La Silueta, coletivo colombiano responsável pela direção artística, design e ilustração do The Black Panther, jornal do Partido dos Panteras Negras
Por Lívia Mello
A partir desta quarta-feira, 08, o Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros, São Paulo – SP) recebe a exposição “Todo Poder ao Povo! Emory Douglas e os Panteras Negras”, com curadoria do La Silueta, coletivo colombiano responsável pela direção artística, design e ilustração do The Black Panther, jornal do Partido dos Panteras Negras. Complementam a exposição uma seleção de imagens do fotojornalista estadunidense Stephen Shames, além de um acervo de fotolivros, cartas e discos, que contextualizam a produção de Emory Douglas e contribuem para a percepção do fenômeno midiático e de representatividade política que foi o movimento dos Panteras Negras. A exposição fica em cartaz até o dia 04 de junho deste ano. Ao longo do período expositivo, serão propostas diversas atividades que se relacionam com a temática de “Todo Poder ao Povo! Emory Douglas e os Panteras Negras”.
PARTIDO PANTERAS NEGRAS
Fundado em 1966 por Huey P. Newton (1942-1989) e Bobby Seale (1936), na cidade de Oakland, Califórnia, o Partido dos Panteras Negras foi uma importante organização política extraparlamentar americana. Seus integrantes foram idealizadores de manifestos ideológicos com reivindicações sociais, econômicas e políticas para a comunidade afro-americana nos Estados Unidos.
Emory Douglas, que assumiu o título de Ministro da Cultura do partido, foi responsável em grande parte pela concepção estética e publicitária do movimento, criando inclusive a máxima do partido “Todo poder ao povo!”. Sua arte gráfica contribuiu para a construção de imagens ícones com temas sociais e políticos que transcendem fronteiras, apresentando um trabalho expressivo que mistura um desenho denso com as possibilidades limitadas de reprodução da imagem a que tinha acesso e técnicas da gráfica publicitária para enriquecê-l
Para o curador, Juan Pablo Fajardo, “para os Panteras Negras, o jornal representava um modo de se organizar, de tornar visível e oferecer uma imagem para as comunidades local e internacional”. E completa: “Douglas se vinculou ao Partido e passou a desenvolver um estilo visual que ainda hoje é claramente reconhecível”.
Deixe um comentário