A diretora Isa Grinspum Ferraz, sobrinha de Marighella, convidou Mano Brown para fazer a trilha sonora final do documentário “Mil Faces De Um Homem Leal”. Aqui vamos abordar as relações entre a música e clipe de “Mil Faces De Um Homem Leal”, de Mano Brown, e os fatos da vida de Marighella.
Quem foi Marighella?
Carlos Marighella (1911-1969), foi um importante líder comunista e guerrilheiro, natural da Bahia. Filho de operário italiano e mãe brasileira, de ascendência africana, Marighella herdou os ideias socialistas do pai e, provavelmente, a notória combatividade que caracterizava o povo haussá, de quem descendia sua mãe. Com pouco mais de 20 anos, entrou para o Partido Comunista Brasileiro (PCB), onde militou por mais de 30 anos. Extremamente disciplinado, sempre combateu as ditaduras. Foi preso algumas vezes na Era Vargas (1930-1945); viveu cerca de 40 anos na clandestinidade e se tornou o inimigo público número um da ditadura militar (1964-1985). Em agosto de 1967, participou da 1ª Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), realizada em Havana, Cuba. A despeito da orientação contrária do PCB, rompeu com o partido nessa época e optou pela luta armada contra o regime militar, fundando a Ação Libertadora Nacional (ALN). Decisão que acarretou ter sua imagem incluída nos cartazes de “terroristas procurados” no País.
Manual do Guerrilheiro Urbano (Faço aqui uma descrição detalhada para analisarmos as referências utilizadas no clipe dos Racionais Mc’s)
Em junho de 1969 Marighella escreveu o Manual – também chamado de Minimanual – do Guerrilheiro Urbano, uma obra em que ensinava as táticas necessárias para que o indivíduo patriota se tornasse um verdadeiro guerrilheiro. Falava sobre os assaltos que deveriam ser feitos em prol da libertação de prisioneiros políticos, expropriações, captura de explosivos e metralhadoras. E explicava que esses assaltos serviam para que os combatentes aprendessem técnicas de guerrilha urbana e se aperfeiçoassem nelas. Também dizia que era importante evitar as técnicas empregadas pela bandidagem, como o uso da violência desnecessária e a expropriação de mercadorias e posses da população. Esta última sempre deveria ter condições de distinguir o que era fruto da ação de meros bandidos e o que era fruto da ação de guerrilheiros urbanos. Os guerrilheiros queriam instaurar a revolução social, derrubando a ditadura. Marighella esclarecia que sequestrar era capturar e assegurar em um lugar secreto um agente policial, um espião norte-americano, uma personalidade política ou um notório e perigoso inimigo do movimento revolucionário, assim como visitantes e residentes norte-americanos no Brasil, constituindo uma forma de protesto contra a penetração e a dominação do imperialismo dos EUA em nosso país. A tática do sequestro deveria ser usada para libertar companheiros revolucionários aprisionados, ou para forçar a suspensão da tortura dentro das cadeias da ditadura militar. Segundo Marighella, a razão da existência do guerrilheiro urbano, a condição básica para qual atuava e sobrevivia, era a de ser destro no atirar. O guerrilheiro tinha de saber disparar com perícia, afinal, isso era fundamental nesse tipo de combate. A vida do guerrilheiro urbano dependia da habilidade de manejar bem as armas de pequeno calibre, como também de evitar ser alvo do inimigo. “Cada patriota deve saber manejar sua arma de fogo, o principal meio para destruir seus inimigos é saber atirar”, dizia Carlos Marighella.
Um dos alvos mais visados pelos guerrilheiros eram os meios de comunicação de massa. Incentivam-se a ocupação de estações de rádio, o uso de alto-falantes, a execução de desenhos em paredes e outros lugares inacessíveis como formas de propaganda que explicassem o significado das ações armadas da guerrilha urbana. Isso produziria consideráveis resultados e era um método de influenciar certos segmentos da população. Marighella ainda explicava táticas como a guerra de nervos ou a guerra psicológica, técnica agressiva, baseada no direto ou indireto uso dos meios de comunicação de massas e notícias transmitidas oralmente com o propósito de desmoralizar o governo.
O guerrilheiro também deveria ter conhecimentos de informação topográfica, saber localizar a posição através de instrumentos e outros recursos disponíveis, calcular distâncias, fazer mapas e planos, desenhar escalas, calcular tempos, etc. O método revolucionário de execução de uma ação era fortemente baseado no conhecimento e uso do reconhecimento ou exploração do terreno, estudo e tempo das rotas e mapas, além de outros fatores.
As ocupações eram um tipo de ataque realizado quando os guerrilheiros urbanos se instalavam em estabelecimentos e localizações específicas, com o objetivo de desenvolver uma resistência temporal contra o inimigo ou para algum propósito de propaganda. A ocupação de fábricas e escolas durante greves ou em outros momentos constituía uma forma de protesto ou de distrair a atenção do inimigo. Esse era um tipo muito efetivo de ação, mas para prevenir perdas e danos materiais às forças da guerrilha devia-se contar sempre com a possibilidade de retirada. A retirada devia ser sempre meticulosamente planejada e executada no momento oportuno. Havia um limite de tempo e quanto mais rápido se realizasse, melhor.
A respeito das táticas de rua, Marighella afirmava que deveriam ser usadas para combater o inimigo dentro espaço urbano, utilizando a participação das massas contra ele. Em 1968, os estudantes brasileiros utilizaram excelentes táticas de rua contra as tropas da polícia, tais como, marchas pelas ruas em direção oposta ao fluxo do trânsito, e uso de estilingues e bolas de gude contra a polícia montada a cavalo. Era necessário saber também como responder às táticas do inimigo. Quando as tropas de policiais vinham protegidas com capacetes para se defender de objetos lançados, os guerrilheiros deveriam então se dividir em duas equipes. Uma para atacar o inimigo de frente, e outra para atacá-lo pela retaguarda, retirando-se uma equipe à medida que a outra avançasse, a fim de prevenir que a primeira se convertesse em alvo de projéteis atirados pela segunda.
Em relação às greves, as interrupções do trabalho e do estudo, apesar de serem de breve duração, causavam severo dano ao inimigo. Era suficiente que os combatentes surgissem em pontos diferentes e em diferentes setores nas mesmas áreas, para que se promovesse a interrupção da vida diária, de forma autenticamente guerrilheira.
Enfim, o guia prático escrito por Marighella detalhava muito bem as várias situações a serem enfrentadas pelos guerrilheiros, e estes eram instruídos a lidar com essas situações de modo a tornar sua missão bem sucedida. A obra foi traduzida em diversas línguas; até mesmo os Panteras Negras, partido revolucionário negro norte-americano (1966 – fim da década de 1970), chegaram a se orientar por esse manual.
Trágico Fim
Em setembro de 1969, a ALN participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elberick (1908-1983), o que intensificou a perseguição aos militantes políticos de esquerda. Dois meses depois, foram detidos dois amigos de Marighella, os frades dominicanos Frei Fernando e Frei Ivo. O primeiro foi obrigado a combinar um encontro com Marighella na Alameda Casa Branca, capital paulista. No dia combinado, havia uma caminhonete com policiais e um automóvel onde estava o famigerado delegado Sérgio Paranhos Fleury (1933-1979), pertencente ao extinto Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), de São Paulo. Num fusca se encontravam os Freis Fernando e Ivo, obrigados a servir de isca. De acordo com depoimentos de testemunhas, diferentes da versão oficial dada pela polícia, Marighella não teve nenhuma chance de defesa, havendo sido executado á queima-roupa quando se aproximou do fusca. O fato ocorreu no dia 4 de novembro, por volta das 20 horas, tendo a emboscada sido armada pelo delegado Fleury.
Documentário Marighella
Diante da história de um dos guerrilheiros mais destacados do Brasil, a sobrinha Isa Grinspum Ferraz decidiu fazer um documentário descrevendo a vida e a personalidade do tio revolucionário. A intenção era desfazer o preconceito que até pouco tempo envolvia a memória do retratado. Segundo ela, Carlos Marighella era um nome amaldiçoado, sinônimo de horror. Dessa forma, quis mostrar o tio carinhoso e brincalhão que adorava poemas, samba, futebol, praia e que no carnaval saía pelas ruas fantasiado de mulher. Era um romântico, um sonhador, que, apesar de ateu, lia e estudava a Bíblia, e essa face de Marighella só alguém da família poderia revelar. Mas claro que o documentário aborda também toda a vida política de Marighella. Isa Ferraz conseguiu documentos secretos da CIA; com Clara Charf, companheira do guerrilheiro, desenterrou uma pasta pertencente a ele com mapas, correspondências e esboços de ações guerrilheiras; a produção também descobriu a gravação de Marighella para a Rádio Havana, de Cuba nos anos 60, em que o líder anunciava o rompimento com o Partido Comunista Brasileiro e sua adesão à luta armada. Cuba chegou a referencia-lo como principal nome da revolução no Brasil. Além disso, Clara Charf e militantes que lutaram ao lado de Marighella dão depoimentos sobre o personagem focalizado.
Trilha Sonora de Mano Brown
Com um time de peso, quem narra o documentário “Marighella” é Lázaro Ramos e a trilha sonora ficou por conta de Mano Brown e Marco Antônio Guimarães.
Mano Brown recebeu o convite para participar do documentário através do Movimento Negro. Brown já ouvira falar anteriormente que tinha algumas semelhanças com Marighella, como o fato de ambos serem filhos de pai italiano e mãe negra, além da família de Brown também ser proveniente da Bahia.
Em entrevista para o jornal Folha de São Paulo, Mano Brown diz que Marighella lembra Malcom X (1925-1965), Public Enemy e Racionais. “Muito do que cantamos provavelmente veio dele. Por exemplo, o conceito violência contra violência”, fala Brown, que considera os políticos Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab os inimigos de direita de hoje em dia, e acrescenta que com eles no governo o poder repressor da polícia aumenta, assim como o número de negros mortos. Mano Brown conta que com a gestão do prefeito Kassab o número de shows dos Racionais Mc’s diminuiu muito, o que leva o grupo, e muitas vezes apenas o Mano Brown solo, a cantar em casas de show para playboys e justifica que isso acontece por falta de opção, “em lugar de boy a polícia não fica no pé, não pede um monte de documentos para deixar o show acontecer”, diz. Ao ser questionado sobre o filme, Brown afirma que hoje Marighella é visto como herói, mas na época não era assim. E achou que através de sua música deveria passar essa visão.
Isa Ferraz conta em uma entrevista para o jornal Folha de São Paulo que Mano Brown viu o filme inteiro três vezes, e não quis cobrar pelo trabalho. Ainda no final comentou o que Brown havia dito para ela: “Você não está fazendo este filme para seus pares, quem precisa de heróis é minha gente”.
Letra de “Mil Faces De Um Homem Leal (Marighella)” por Mano Brown:
A postos para o seu general, mil faces de um homem leal.
Protetor das multidões
Três encarnações
De célebres malandros
De cérebros brilhantes
Reuniram-se no céu.
O destino de um fiel
Se é o céu o que Deus quer
Tô somado, é o que é,
Assim foi escrito
Um mártir, um mito,
Um maldito sonhador
Bandido da minha cor
Um novo Messias
Se o povo domina ou não
Se poucos sabiam ler,
Iam morrer em vão
Leso e louco sem saber.
Coisas do Brasil
Super-herói mulato,
Defensor dos fracos
Assaltante nato.
Ouçam é foto e é fato
À planos cruéis,
Tramam 30 fariseus
Contra Moises, moro.
Reaja ao revés, seja
Alvo de inveja, irmão.
Esquinas revela
A sina de um rebelde, oh meu.
Que ousou lutar honrou a raça,
honrou a causa que adotou,
aplauso é pra poucos.
Revolução no Brasil tem um nome,
Veja o homem
Cê quer ser um homem também?
A imagem o gesto, lutar por amor,
Indigesto como o sequestro do embaixador.
O resto é flor, se tem festa eu vou
E eu peço leia meus versos,
E o protesto é show,
Presta atenção que sucesso
Em excesso é cão,
Que se habilita a lutar,
Fome grita horrível
A todo ouvido insensível
Que evita escutar.
Acredita lutar, quanto custa ligar?
Cidade chama vida que vai com quem ama.
Quem clama por socorro, quem ouvirá?
Crianças, velhos e cachorros sem temor,
Clara meu eterno amor, sara as minhas dores.
Pra não dizer que não falei das flores.
Da Bahia de São Salvador Brasil,
Capoeira mata um, mata mil,
Porque me fez hábil como um cão,
Sábio como um monge.
Antirreflexo de longe,
Homem complexo sim,
Confesso que iria
Ver Davi matar Golias,
Nos trevos e cancelas,
Becos e vielas,
Guetos e favelas,
Quero ver você troca de igual,
Subir os degraus,
Precipícios, vida difícil povo feliz.
Quem samba fica
Quem não samba camba,
Chegou o salve geral da mansão dos bambas.
Não se faz revolução sem um fura na mão,
Sem justiça não há paz é escravidão.
Revolução no Brasil tem um nome.
A postos para o seu general,
Mil faces de um homem leal.
Essa noite em São Paulo um anjo vai morrer,
Por mim, por você, por ter coragem de dizer.
Curiosidade: A base da música foi feita há oito anos por Mano Brown em sua própria casa.
Clique no link abaixo para ver a gravação da música:
Mano Brown gravando a música “Mil Faces de Um Homem Leal” por Dj Cia
O Clipe
No último dia 15 de maio houve a gravação do clipe “Mil Faces De Um Homem Leal”, fruto da música que Mano Brown fez para o documentário. A gravação ocorreu na ocupação Mauá, no bairro da Luz, em São Paulo. O cenário escolhido faz referência direta às situações abordadas por Marighella no Manual do Guerrilheiro Urbano. A ocupação do Edifício Mauá ocorreu em 2007 pelo Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC). Na época, o proprietário do imóvel fez o registro de um Boletim de Ocorrência e desde então não fez mais nada. Mas em 20 de março de 2012 entrou com o pedido de reintegração de posse, e uma liminar determinou que os ocupantes se retirassem do local cinco dias antes de receberem posse por usucapião. Os moradores têm ideias de projetos e gostariam de comprar o imóvel; negociaram com a Caixa Econômica Federal e com a CDHU verbas para financiar a moradia, porém até a data da gravação do clipe ainda não haviam obtido resposta.
Esse é mais um caso que faz parte da política de higienização do centro paulistano, cujo intuito é praticar uma injustiça, retirando a população pobre do local e deixando o Centro disponível apenas para camadas sociais mais altas. Em entrevista para a MTV, quando questionado sobre a liga entre a letra da música e a situação das famílias da ocupação Mauá, Brown diz: “Reformaria agrária, moradia, escola, respeito, dignidade para o povo. O Marighella pregava isso, união dos trabalhadores pelo direito do fim do monopólio, do imperialismo, coronéis, todos os tipos de injustiça”, e acrescenta que o clipe foi gravado na ocupação com o intuito de fortalecer esta causa.
Se observarmos com atenção, conseguiremos captar muitas referências na letra da música, quanto pelas imagens do clipe em relação ao que Marighella viveu e escreveu. O guerrilheiro, por exemplo, ressaltou a importância de utilizar os meios de comunicação em favor da população para esclarecê-la acerca das ações dos militantes de esquerda. Assim se inicia o clipe dos Racionais Mc’s, com os quatro integrantes do grupo, juntamente com Dexter, invadindo a Rádio Nacional e pondo no ar trechos do programa radiofônico de que Marighella participou em Cuba nos anos de 1960.
Em “Mil Faces De Um Homem Leal”, são exibidas também imagens das lutas sociais ocorridas desde 1969 até hoje, incluindo manifestações políticas, chamadas por Marighella de táticas de rua. No final do clipe aparecem cenas de manifestações bastante recentes, como o MPL protestando contra o aumento do preço do transporte público.
E ainda, em uma cena, militantes estão reunidos em torno de uma mesa manipulando anotações e mapas topográficos: de acordo com Marighella, o guerrilheiro deveria ter acesso às informações que os mapas fornecem para facilitar a execução de seus planos e situações de fuga. Ter conhecimento do território era de fundamental importância para os guerrilheiros.
No clipe, os Racionais Mc’s fazem relação direta entre Marighella e o Movimento Negro. A exemplo da cena abaixo, se referindo aos Panteras Negras:
Quando Mano Brown menciona: “Três encarnações de célebres malandros, de cérebros brilhantes, reuniram-se no céu”, entendemos através das imagens do clipe, que ele se refere ao ex-pugilista Muhammad Ali, à ativista norte-americana Angela Davis e ao líder negro Malcom X. Em outro trecho, quando cita “bandido da minha cor”, Brown se refere às características em comum que tem com o guerrilheiro Marighella, em que ambos são de origem baiana, filhos de pai branco e mãe negra. O termo bandido tem aqui um significado valorizador e não pejorativo. Na visão de Mano Brown, Marighella era um militante que lutava por uma causa marginal, no sentido de que não aceitava os valores predominantes da sociedade brasileira na época da ditadura militar.
Marighella defendia a libertação dos presos políticos e em uma cena do clipe vemos um preso receber em sua cela o manual de guerrilha urbana escrito pelo militante comunista.
Finalmente, ao reconstituir a morte do guerrilheiro, o clipe nos mostra o momento em que ele chegou ao encontro marcado num fusca e foi violentamente assassinado.
O show de lançamento
No dia 31 de julho houve o lançamento do clipe Marighella na casa noturna Black Bom Bom, na Vila Madalena, quem estava do lado de fora via as inscrições “Lançamento do clipe Marighella – Racionais Mc’s – Rádio Nacional”. Pois é, o show supostamente aconteceria na Rádio Nacional, onde uma vez tomada por Marighella, as notícias transmitidas teriam agora propósito de desmoralizar o governo. Neste caso, essas notícias deram lugar às músicas dos Racionais.
Do lado de dentro, o rosto de Marighella fazia parte do cenário. A casa estava fervendo, o “lotadão da vila” fez jus ao seu slogan. No palco estavam presentes muitos manos, incluindo: Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue, Dexter, Gregory, Nego Jam, Dj Cia, Helião, Du Bronks, Ylsão, Terra Preta, Lino Krizz e Big. A música de abertura foi nada menos que “Mil Faces De Um Homem Leal (Marighella)”, depois o show rolou solto com muitas outras músicas, participações especiais e grupos da nova escola. Para quebrar a rotina, Vida Loka pt.II não foi a última música do show, depois dessa as luzes se apagaram e no telão o clipe começou a rodar. A emoção que já estava grande ficou ainda maior e tomou conta da Black Bom Bom. A seguir, foi a vez de passar o clipe That’s My Away, de Edi Rock e Seu Jorge, porém, o equipamento falhou. O arquivo era muito pesado e infelizmente não conseguimos assistir ao vídeo todo. Mas não acabou por aí, o grupo ainda cantou, entre outras, Mulher Elétrica, encerrando a noite em grande estilo.
Ao contrário do que muitos pensavam, os Racionais Mc’s não perderam o cunho político e nunca perderão. Mesmo com músicas novas que não tendem para o lado da política, os Racionais são quatro cabeças pensantes, quatro mentes que questionam, criticam e protestam. Podem demorar dez anos para lançar algo, mas não decepcionam.
O documentário está em cartaz no cinema:
Espaço Itaú de Cinema – Brasília Sala 7 19h30 | |
Espaço Itaú de Cinema – Rio de Janeiro Sala 3 13h – 19h20 | |
Espaço Itaú de Cinema – Salvador Sala 4 17h | |
Espaço Itaú de Cinema – São Paulo | Frei Caneca Sala 4 14h – 16h – 20h – 22h | |
Cinema na Laje: Lançamento do Documentário e do clipe dia 03/09
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Show de encerramento do VMB dia 20/09 às 21h
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