Videoclipe gravado no Hotel Fasano marca o início do projeto do rapper com o produtor

Créditos: Rafael Buto

Na última quinta-feira (27), MD Chefe deu início a uma nova fase de sua carreira com o lançamento do videoclipe de “Tiramisú“. O single, que abre os trabalhos do aguardado álbum em parceria com Papatinho, apresenta uma sonoridade sofisticada inspirada no subgênero West Coast Club, combinando ostentação e um groove envolvente.

Gravado no icônico Hotel Fasano, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o clipe traz participações de Papatinho e do cantor Bebeto, lenda do samba rock. A faixa tem como base um sample de “Nega Olívia”, um dos maiores sucessos de Bebeto, e carrega um significado pessoal para MD Chefe.

“O Bebeto foi a trilha sonora do namoro dos meus pais, então cresci ouvindo suas músicas e desenvolvi um ótimo conhecimento musical. Escolhi esse trecho porque essa faixa marcou o início do meu relacionamento com a minha mulher. Da mesma forma que Bebeto embalou a história dos meus pais, agora ele também faz parte da minha”, contou o rapper.

O videoclipe reflete a identidade visual que MD Chefe tem consolidado ao longo de sua carreira: luxo, exclusividade e elegância. A proposta do novo álbum é justamente essa, explorando o lifestyle de um rapper rico, latino e litorâneo.

“O West Coast Club tem tudo a ver com o Rio de Janeiro, principalmente por conta do clima e da energia litorânea. Vi que não estávamos explorando nossa cultura de uma maneira tão potente como outros países latino-americanos, como o México e a Colômbia”, explicou MD Chefe sobre a sonoridade do projeto.

Além da música, o artista tem expandido sua atuação em outras áreas. Recentemente, ele lançou sua marca de whisky, Mr. Lion, com a proposta de unir sofisticação e autenticidade.

“A Mr. Lion é uma extensão minha, e cada detalhe foi pensado para entregar uma experiência única ao público”, afirmou.

Outro destaque na trajetória recente do rapper foi sua estreia como ator no filme “Confia: Sonho de Cria”, ao lado de MC Cabelinho.

“O MD Chefe é um artista totalmente sério e fez uma comédia dramática. Foi uma experiência inesperada e desafiadora, mas muito gratificante”, disse.

Com “Tiramisú”, MD Chefe inicia sua nova era com classe e uma narrativa que mescla luxo e nostalgia. O single é apenas um aperitivo do que está por vir no álbum, que promete elevar ainda mais o nome do artista na cena urbana. “Essa música é uma introdução ao que vem por aí no disco. Ela representa a maneira como eu enxergo a música: uma arte que mistura sensibilidade com qualidade”, concluiu.

O videoclipe de “Tiramisú” já está disponível no YouTube e a faixa pode ser ouvida em todas as plataformas digitais.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA:

1. Como surgiu a ideia de mergulhar no subgênero West Coast Club e o que te atraiu nesse estilo para o novo álbum?

A ideia surgiu ao perceber que o nosso movimento do rap estava saturado e muitos artistas estavam apenas seguindo tendências. Quis algo novo, que fosse ousado e tivesse uma identidade própria. O West Coast Club tem tudo a ver com o Rio de Janeiro, principalmente por conta do clima e da energia litorânea. Vi que não estávamos explorando nossa cultura de uma maneira tão potente como outros países latino-americanos, como o México e a Colômbia. A partir disso, quis trazer essa sonoridade inovadora, misturando com o lifestyle do Rio.

2. O álbum retrata o estilo de vida de um rapper rico, latino e litorâneo, com foco no luxo e sofisticação. Quais foram suas principais inspirações pra construir essa narrativa? O que do seu dia a dia você trouxe pra essas músicas?

Minhas inspirações vieram do desejo de expressar o estilo de vida brasileiro, mais especificamente o carioca. O Rio tem uma energia única e litorânea, com muito glamour, ostentação, mas também com simplicidade e autenticidade. O dia a dia que trago pra essas músicas é exatamente isso: a ideia de aproveitar a vida de maneira plena, com sofisticação, mas sem perder nossa essência e o calor humano.

3. Trabalhar com o Papatinho foi como você imaginava? Como foi a dinâmica de vocês em estúdio pra chegar nessa sonoridade tão específica?

Trabalhar com o Papatinho foi uma experiência incrível e muito fluida. Ele tem um ritmo de trabalho muito parecido com o meu — sempre buscando a perfeição no momento. A gente se identificou muito bem, criando no estúdio de forma intensa e rápida, sempre com muito foco e paixão pela música. O processo foi colaborativo, e o Papatinho trouxe uma quantidade de ideias que encaixaram perfeitamente na minha visão do álbum. Foi uma conexão criativa muito forte.

4. A faixa “Tiramisú”, que já tá gerando expectativa nos seus fãs… O que você pode adiantar sobre ela? Essa música tem algum significado especial pra você?

“Tiramisú” é a porta de entrada para o álbum, a música que vai apresentar o conceito do projeto. Ela é poética e cheia de beleza, e tem um toque de elegância que representa muito do que o disco traz. Essa faixa é especial porque reflete a maneira como eu enxergo a música: uma arte que mistura sensibilidade com qualidade. Ela não é apenas uma música, é uma introdução ao que vem por aí no álbum.

5. Sua voz é um dos maiores diferenciais no cenário do Rap, do Trap e do Funk. Você sempre soube que ela seria uma marca registrada? Como você trabalha pra explorar ainda mais essa característica nos sons que cria?

Sempre soube que a minha voz teria um papel importante na minha identidade artística. Ela transmite a mensagem de forma única, e por isso sempre busco explorar diferentes tonalidades e formas de expressão nela. No processo criativo, sempre busco variar o ritmo e a entrega, mantendo a característica da minha voz, mas dando novos matizes para ela em cada música. Isso é algo que vou aprimorando a cada novo projeto, porque sei que a voz é minha maior assinatura.

6. Além da música, você também tá se destacando no empreendedorismo. Conta pra gente como nasceu a ideia da Mr. Lion, sua marca de whisky. O que você queria entregar pro público com ela e o que diferencia a Mr. Lion das outras bebidas no mercado?

A Mr. Lion surgiu da vontade de expandir minha marca e de explorar algo que combinasse com o estilo de vida que represento. Eu queria criar um produto que fosse sofisticado, mas acessível, e que transmitisse a energia do meu universo, algo com personalidade, qualidade e exclusividade. A diferença da Mr. Lion está na sua proposta de unir o luxo com a autenticidade, sem perder a qualidade. A marca é uma extensão de mim, e cada detalhe foi pensado para entregar uma experiência única ao público.

7. Agora mudando um pouco de assunto, você também se jogou na atuação, participando do filme “Confia: Sonho de Cria”, ao lado do Cabelinho. Como foi essa experiência? Já era um sonho atuar ou foi algo que aconteceu naturalmente?

Sempre tive vontade de atuar, era algo que estava nos meus planos. Só estava esperando a oportunidade certa para começar no mundo da atuação fazendo algo diferente, e inesperado. O MD Chefe é um artista totalmente sério e fez uma comédia dramática e fez um personagem que na sua essência já é engraçado. Estava esperando o momento certo para atuar e o legal é que tinha um outro artista sendo o protagonista do filme, que é o MC Cabelinho. Então foi maneiro não só ter a primeira oportunidade que eu queria da atuação e fazer um bom trabalho, e fazer algo inesperado, mais também ter um parceiro da música vivendo esse sentimento.

8. Trabalhar com o Cabelinho no set foi diferente de estar com ele no estúdio ou nos corres da música? Rolou alguma resenha de bastidor que você pode contar?

Trabalhar com o Cabelinho em geral é tranquilo, porque a gente já se conhece. Já passamos tempo juntos fazendo outras coisas, curtindo, trabalhando então foi mais um trabalho. Nem todos os sets estávamos presente num do outro. Foi bem natural, e vieram muitas conversas descontraídas nos bastidores, de zoação, de amigo mesmo.

9. Com tantos projetos rolando — música, marca de bebida, atuação — como você equilibra tudo isso no seu dia a dia?

Equilibrar tudo é uma questão de organização e foco. Tenho uma equipe que me ajuda a administrar o tempo, mas a chave é ter uma visão clara dos meus objetivos e saber onde investir minha energia em cada momento. Quando estou no estúdio, estou 100% focado na música; quando estou com a Mr. Lion, é o mesmo foco. A atuação é algo novo, mas também encaro com seriedade, então tento dividir o tempo de forma eficaz para que tudo funcione de maneira fluida.

10. E pra fechar, dá pra gente um spoiler do álbum, algum feat que vem por aí ou algo que ainda ninguém sabe!

O álbum está cheio de surpresas! Tenho algumas parcerias incríveis com artistas que trago de forma inesperada para o rap, e vou explorar ainda mais as sonoridades do West Coast. Mas um spoiler que posso dar é que o álbum vai ser um verdadeiro reflexo do MD Chefe em um novo patamar, sempre trazendo inovação e qualidade. E sim, vai ter mais colaborações históricas com nomes de peso da música brasileira.