A cantora e rapper Cynthia Luz descreve seu novo álbum, já disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm, como “uma renovação através do meu próprio trabalho”. (Créditos da Imagem: OneRPM/Divulgação)
“Precisava me reconectar com essa Cynthia de anos atrás”, conta a cantora Cynthia Luz sobre o processo de criação de seu novo disco, “Ciclo Vicioso”, lançado nesta quinta–feira (7). Trazendo uma versão mais madura da artista, o álbum expõe muitos altos e baixos na jornada da artista para encontrar força em sua eu do passado, revelando, por fim, que “todo ciclo vicioso tem um fim”.
Desde o lançamento do último single pré-álbum “Meus Olhos”, no início de janeiro, a artista vem contado, nas redes sociais, sobre algumas das inspirações por trás de “Ciclo Vicioso” e preparando seus fãs para o projeto. Já disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm, o álbum conta com 11 faixas, incluindo a faixa-foco “Pegando Carona” e “Angústia”, parceria inédita com MC Leozinho ZS, nome lendário dentro do funk.
“Comecei minha carreira muito nova, então, fui criando uma expectativa no meu coração, em relação a todos os meus sonhos, fui idealizando sonhos muito grandes, e, eu acho, que o contexto que estou vivendo agora é esse de justamente me reconectar com essa Cynthia de anos atrás”, fala Luz sobre o momento que inspirou o disco.
Para Cynthia Luz, “Ciclo Vicioso” traz muito do que aconteceu nos últimos anos de sua vida, falando sobre amor, maternidade e, é claro, ciclos viciosos – descrevendo suas experiências com dependências emocionais e afetivas. No entanto, mesmo que o disco mergulhe em “momentos obscuros”, como explica a própria artista, a mensagem final dele é uma de esperança e superação.
Reencontro com André Nine e nova sonoridade
Para a produção de “Ciclo Vicioso”, Cynthia Luz conectou-se novamente com o produtor André Nine, responsável pelo som de “Efeito Violeta”, seu disco lançado em 2019. Nesses cinco anos em que ficaram separados, ambos os artistas cresceram muito e se tornaram pessoas diferentes, aproveitando esse reencontro para, também, se reconhecerem.
“Trampar com a Cynthia nesse novo álbum, marca nosso reencontro depois de alguns anos. E é uma alegria imensa fazer parte da energia que foi dentro do estúdio, ambos agora com filhos, inclusive. Muita coisa mudou do último álbum para agora, acho que isso traz uma espiritualidade mesmo, além da busca por fazer coisas diferentes, se reinventar”, afirma Nine sobre essa nova parceria.
No novo disco, Cynthia decidiu explorar uma nova sonoridade, “mas, sem perder a essência da Cynthia Luz”, observa o produtor. “Tivemos ajuda de vários parceiros que eu também admiro, foi o reencontro dela e meu com o Paivinha, Batista, Kemp, Ramiro, Nox, foi um processo criativo muito leve, muito fluido. Tanta gente talentosa somando junto”, conta.
Com honestidade e uma equipe feminina, nasce o audiovisual
Contando essa história sobre o afloramento do amor próprio, Cynthia Luz se mostra completamente confortável dentro de seu próprio gênero musical, unindo MPB, rap e pop em algo único. Para completar o lançamento, a artista também lança três videoclipes, expondo uma narrativa visual tão honesta quanto as letras do disco.
Com uma equipe quase totalmente feminina, o processo para a gravação dos videoclipes, que contam uma história audiovisual do “Ciclo Vicioso”, foi feito pela própria Cynthia Luz, com apoio das co-diretoras Júlia Bandeira e Stefani Raquel. A artista decidiu procurar por profissionais mulheres, que conseguiriam “entender as dores dela”, segundo Júlia.
“Como o álbum é algo mais íntimo, decidimos chamar uma equipe mais feminina, que pudesse entender as dores dela, que pudesse acompanhar esse processo todo dessa carreira”, explica Bandeira, acrescentando: “Passamos madrugadas e madrugadas escrevendo, trabalhamos junto com a Cynthia, porque a importância do projeto é passar aquilo que a Cynthia está sentindo com delicadeza”.
A parceria entre Cynthia, Júlia e Stefani foi fundamental para concretizar a visão dos videoclipes. Gravadas em poucos dias, de maneira a conseguir uma história coesa e contínua, as produções audiovisuais são uma parte importantíssima da mensagem que Cynthia Luz quer passar com “Ciclo Vicioso”, por isso, trouxe pessoas próximas para trabalhar no projeto.
“É sempre um desafio e uma honra poder contribuir com produções para artistas independentes. Um desafio porque tudo é feito com muita garra, adaptação e com limitações orçamentárias, mas uma honra por poder fazer parte da trajetória de uma artista que eu admiro não só profissionalmente, mas também como pessoa”, finaliza Stefani.
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