A icônica agenda conta com a participação de artistas como Bixarte, Sodomita, Urias, Erica Malunguinho e outras importantes figuras da comunidade negra LGBTQIAPN+. (Créditos da Imagem: Luan Batista)
O Coletivo AMEM realiza a 5ª edição da Parada Preta 2024, em parceria com Casa 1 e BATEKOO, entre os dias 23 e 30 de junho. Com o tema “Aquilombar é Cura”, a Parada Preta promove uma série de eventos de cultura, formação, articulação e celebração, baseados na importância do fortalecimento das comunidades negras LGBTQIAPN+, refletindo cuidados, saúde, bem-estar, cidadania e direitos humanos.
A programação começa no dia 23 de junho com atividades formativas na Casa 1 e se estende por toda a semana, com encerramento no dia 30 de junho, com o trio da Parada Preta tomando a região da República para celebrar o orgulho da comunidade preta LGBTQIAPN+. O trio percorre as ruas do centro de São Paulo, passando pela Praça da República, Avenida São Luiz e Teatro Municipal, finalizando a programação em um palco montado no Largo do Paissandu, ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
A Parada Preta contará com a participação de artistas como Bixarte, Sodomita, Urias, Erica Malunguinho, artistas da Cultura Ballroom entre outras importantes figuras da comunidade negra LGBTQIAPN+.
A iniciativa ocorre na semana do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado em 28 de junho, data marcada pelo levante de Stonewall em 1969 contra os ataques policiais. Ativistas negros como Marsha P. Johnson, Stormé DeLarverie e Miss Major Griffin-Gracy tiveram um papel crucial, conquistando grandes avanços para a comunidade. Em 1991, ocorreu a primeira Black Pride em Washington, inspirando outras comunidades negras nos EUA e no mundo, incluindo Londres, Paris, São Paulo e João Pessoa a realizarem suas próprias paradas.
Alinhada a uma agenda global, a Parada Preta no Brasil, idealizada em 2017 pelo Coletivo AMEM, aborda demandas da comunidade negra, oferecendo educação sobre HIV/AIDS, além de informações sobre sexualidade, gênero, saúde, violência e moradia. A Parada Preta surge da urgência de continuar a luta por direitos para pessoas pretas e LGBTQIAPN+, promovendo espaços de reflexão através da arte. Durante o Mês do Orgulho, ela amplia discussões sobre cidadania e direitos humanos, focando na saúde, bem-estar e celebração da diversidade com rodas de conversa, oficinas e festas.
“Vale dizer que a formação da Parada Preta é um destaque importantíssimo na agenda, pois proporciona um espaço vital para o encontro coletivo e o fomento de ideias diversificadas dentro da comunidade negra LGBTQIAPN+ que é de fato plural. Essa iniciativa amplia nosso entendimento sobre aprendizado coletivo e fortalece nossa capacidade de criar estratégias não apenas para o presente, mas também para o futuro. Nesse contexto, é fundamental reconhecer que a luta não é apenas de uma organização ou coletivo, mas sim de todos nós, evidenciando a potencialidade de nos unirmos em favor do avanço e da prosperidade comum.”, finaliza Di Almeida, Educador da Casa1.
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