Coletivo Pedra Rubra promove ciclo de estudos sobre a situação de mulheres periféricas na sociedade

Com o tema “O que é ser uma mulher periférica na sociedade patriarcalista e capitalista”, os estudos teóricos serão conduzidos pela escritora, educadora popular e feminista afroindígena Helena Silvestre. A atividade é gratuita e aberta a qualquer pessoa interessada em participar, independente de gênero. (Créditos da imagem: Verônica Bellomo)

Inscrições abertas para turma de estudos sobre a mulher periférica na sociedade contemporânea

As pessoas interessadas em participar do ciclo de estudos teóricos “O que é ser uma mulher periférica na sociedade patriarcalista e capitalista”, promovido pelo Coletivo Pedra Rubra (@coletivopedrarubra), com a escritora, educadora popular e feminista afroindígena Helena Silvestre (@helenitaluta), podem se inscrever até o dia 13 de junho de 2024, através do link formulário virtual. Serão oferecidas 15 vagas gratuitas, contabilizadas por ordem de inscrição.

O ciclo de estudos será realizado nos dias 15 e 16 de junho de 2024 (sábado e domingo), de 10h às 14h, com entrada gratuita, no Espaço do Coletivo Pedra Rubra, localizado na Rua Plínio Schimidt, 98, Jardim Marcel, na Zona Sul de São Paulo (SP), ao lado da estação de trem “Autódromo”

A partir da pergunta “O que é ser uma mulher periférica dentro de uma sociedade patriarcalista e capitalista?”, o ciclo de estudos teóricos propõe um espaço para que pessoas interessadas possam refletir, compartilhar suas impressões, suas próprias pesquisas e estudos sobre o assunto. 

Um encontro que coloca em diálogo pessoas que pesquisam e investigam as nuances da situação da mulher periférica no mundo contemporâneo, e que, de alguma forma, tentam elucidar os caminhos que levaram a mulher a estar na atual conjuntura social, com pessoas que  se interessam em buscar entendimento e dialogar sobre o assunto.  

Neste primeiro encontro, a convidada para falar sobre este tema é Helena Silvestre, que é co-editora da Revista Amazonas, uma publicação feminista, antirracista e anticapitalista, articulada por um coletivo de mulheres em diferentes países da América Latina com conexões na Espanha; editora no projeto TXAI, um editorial popular que se dedica a fortalecer narrativas que nascem nas margens do sistema econômico, político e acadêmico-canônico; educadora popular na Escola Feminista Abya Yala, articulação de mulheres periféricas e faveladas para intervenção em seus bairros e lugares de existência. Como escritora, publicou três livros, sendo que “Notas sobre a fome”, foi finalista do Prêmio Jabuti 2020, um dos prêmios literários mais importantes do Brasil

Helena também atua como militante das lutas por moradia e território, em favelas e bairros periféricos e em ocupações urbanas e rurais, por casa e por terra. Foi finalista do prêmio VIVA-Marie Claire em 2021, na categoria inovações na educação contra o machismo e foi premiada, junto com Ana Maria Morales, com a bolsa Hypatia Diversity Grant, 2022, da Emory University, uma bolsa de investigação e escrita com o projeto: “Ethics of common praxis: feminist healing, health, and philosofies”.

As ações fazem parte do projeto “Mulheres do Corre – das Lutas Inglórias Nasce o Sol de Todo Dia” contemplado na 42ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura, com o qual o grupo promove uma série de ações até 2025, celebrando dez anos de trajetória com uma pesquisa sobre a mulher em espaços públicos, urbanos e periféricos, valorizando o protagonismo da mulher periférica. 

Após nove anos de pesquisa cênica sobre a mulher em diversos campos sociais, o grupo encontrou na mulher da periferia um símbolo feminino de resistência e de luta, representada, neste projeto, como “Mulheres do Corre”. 

“Compreendemos que as “mulheres do corre” são aquelas que vivem na margem, longe das regiões centrais e que trabalham, pagam conta, cuidam de filhos, da casa. Mulheres que têm seus próprios corpos e histórias como exemplos de resistência, a sua vida é uma luta diária, uma busca constante de se manter viva mesmo com tantos desafios e discriminações”, comenta o coletivo.

O estudo sobre “Mulher, Feminismo, Teatro e Performance” sempre caminhou com o coletivo. Com este projeto, o grupo se debruça sobre um olhar ainda mais específico sobre as  mulheres oriundas da periferia, buscando evidenciar os caminhos que essas mulheres percorrem, aquilo que atravessa seus corpos, suas vozes e pensamentos.

“Percebemos que muitas das referências que tínhamos eram eurocêntricas e de mulheres burguesas que para nós, mulheres da periferia, destoavam da realidade que conhecíamos”, finaliza o grupo. 

RAP NA RUA OFICIAL
Mais que uma mídia de Rap, Trap e Funk, o RAP NA RUA se tornou uma marca em 2024. Intitulada RAP NA RUA OFICIAL, a marca oferece diferentes tipos de serviço para diferentes clientes da música. Somos o RAP NA RUA, um veículo de comunicação que divulga e cobre shows desde 2011 e também somos a RNR Assessoria, uma agência de comunicação 360° que oferece serviços de assessoria de imprensa, relações públicas e publicidade para artistas, selos, gravadoras e eventos.

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