“Convicto”, que chega às plataformas digitais nesta quinta-feira (12), conta com participações e navega por diferentes cadências do rap
(Créditos: Divulgação)
Conhecido por sua habilidade lírica, sensibilidade poética e forte conexão com o hip hop, o rapper brasileiro Sant lança álbum visual que leva o nome de “Convicto”. O projeto chega às plataformas digitais nesta quinta-feira (12) e reflete a nova fase que o artista se encontra, como um retorno às tradicionais canetadas de Sant, popularmente reconhecidas no rap nacional, em um disco propriamente de rap com narrativas bairristas que ilustram o cenário e a perspectiva do jovem suburbano.
“Eu vou desenhando alguns momentos de convicção, tá ligado? É um disco bem bairrista. Talvez essa seja a minha maior convicção: eu amo a minha Zona Norte. Amo a minha área, gosto de estar aqui, amo essas pessoas, quero representá-las, quero representar esse lugar. Quero sempre cantar sobre isso, celebrar isso, honrar isso. Talvez essa seja a grande convicção do disco”, comenta Sant sobre o novo disco.
O álbum, que conta com 10 faixas, traz participações de grandes nomes da cena nacional como MC Marechal, padrinho de Sant, Murica, Jotape, Borges, LP BEATZZ , Beat do Ávila, Lis MC, WC no Beat, $amuka, meLLo, AçuK e Chris Beats Zn, GTA, Tshawtty. Além das participações de artistas brasileiros, o projeto conta também com parcerias com artistas internacionais, sendo eles Guilty Simpson, Phat Kat, L.Abner, Wonderyo, e Taysyde. O álbum conta com a produção do próprio Sant e vem acompanhado também de materiais visuais, no qual todas as faixas do disco possuem um visualizer único que colabora na construção da narrativa com o uso de símbolos e simbologias que representam o arquétipo do suburbano convicto.
“ Eu fiquei muito feliz de ver que o visual conseguiu amarrar bem o disco também, porque agora, com o visual, a gente consegue contar uma história melhor, mais teatral. A utilização dos símbolos, esses lugares que eu falo em algumas músicas e no vídeo, representam mais essa convicção que a gente sente na vida. Eu quis fazer um rap para a minha área”, comenta.
Concepção criativa e participações
O álbum, que surgiu com a intenção de fazer um som para a rua, traz a onda do boom bap mas navega por outros estilos também, flertando com o detroid e mesclando cadências singulares.
“ Era isso que eu queria trazer de identidade para a rua nesse trabalho: um rap mais sujo, mais cadenciado, com momentos em que eu ‘cuspo’ mais, e outros em que eu falo de forma mais calma. Então, tem essa textura no mapa, mas também varia e flerta com outras sonoridades”, reflete Sant.
Em busca de maior pluralidade, as participações somaram ao projeto com suas perspectivas reais e com a vontade do rapper de entregar um trabalho que não fosse monocromático, mas que trouxesse o DNA do hip-hop: a identificação com as cenas do cotidiano comum.
“ Eu não queria que o bagulho ficasse monocromático, tá ligado? Tipo, não queria que fosse só eu falando do meu bairro, da minha área, da minha perspectiva, ou só do que eu acho e sinto. Porque eu sei que o hip-hop é uma identidade, sabe? Então a escolha das participações se deu a partir disso, de acordo com o que cada música pedia. Eram pessoas com as quais eu já tinha algum contato, e que eu já tinha falado, tipo, mas ainda não tinha surgido a melhor oportunidade. Conforme as músicas foram surgindo, fui pensando nelas e, com isso, fui filtrando. Acho que essa convicção do disco é mais sobre isso, sobre as participações e o que ele representa na visão de cada um dos envolvidos”, finaliza.
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