Uma das vozes femininas mais autênticas no gênero brasileiro fala sobre a sua trajetória artística, principais referências e letras combativas, em entrevista e ensaio para a publicação feminina
(Créditos: Victor Affaro)
Em entrevista exclusiva para a edição de novembro da Marie Claire, Duquesa, uma das principais vozes do trap brasileiro, traz detalhes sobre sua história profissional na música, representatividade e referências. Já disponível no site e no app Globo+, o bate-papo passa por alguns dos momentos mais icônicos de sua carreira, como a participação no Rock in Rio 2024 e no Afropunk Brasil, que acontece ainda este mês, em Salvador, e evidencia a força de suas letras no combate ao racismo, machismo e gordofobia.
Rompendo com o lugar comum no trap, Duquesa se entrega à música através de sua versatilidade. Com mais de 1,3 milhão de ouvintes mensais no Spotify, 41 milhões de visualizações no YouTube e uma indicação à Melhor Novo Artista Internacional no BET Awards, a artista vem se tornando uma das maiores referências femininas na música nacional. “Confio no meu taco e na minha intuição. Vim na contramão do que via ‘funcionando’ no rap, mas me coloquei onde me sinto confortável”, afirma a trapper, que ainda acrescenta: “Minha música ajuda as meninas a se sentirem felizes e livres. Isso é empoderador”.
No entanto, com o tamanho protagonismo na música, outros desafios também começam a surgir, e reforçam a capacidade combativa de suas letras, a exemplo do episódio de racismo e sexismo sofrido por sua equipe durante um festival no Paraná. “Não admito que aconteça algo desse tipo. Ainda mais com uma equipe composta em sua maioria por mulheres. A vida pública, às vezes, é cruel”, reflete Duquesa. Assim como suas semelhantes, Ajuliacosta, MC Luanna e Tasha & Tracie, a trapper defende que não há mais espaço para o silêncio. “Criamos um ambiente seguro, no palco e também para o público. Estamos ali para curtir, não para sofrer nenhum tipo de assédio. A gente se impõe, coloca o dedo na cara. Aqui não tem gracinha”, defende.
RAP NA RUA OFICIAL
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