Créditos da imagem: Divulgação.
O trapper Chiron Mc destaque na cena urbana lança seu primeiro EP intitulado “Viver e morrer em São Paulo”, o ep com quatro faixas lançado no dia 31 de maio vem com a música de trabalho que leva o nome do álbum e retrata a vida do jovem periférico que vive em São Paulo.
“Nós”, crescemos a base de referências significativas onde muitas vezes o vilão da nossa história é de fato o nosso herói.
Já parou para pensar, que o menor que mora no escadão ou viela, onde ele sente o cheiro de esgoto na maior parte do seu dia e infância; Qual é a maior referência dele? E por que, mesmo pela falta de opção e oportunidade, ele sonha em ser jogador e não um médico, ou até mesmo um advogado? Pois é, devido a mesma falta de oportunidade a escassez de referências como um médico, advogado, é quase inexistente na periferia, e, mesmo que ele escute o rótulo “Foca nos estudos pra ganhar dinheiro” o interesse ainda é pouco, pois ele de fato ainda não viu e nem ouviu falar de “fulano” que ficou RICO por estudar ou trabalhar demais para alguém.
Aí vem o ponto, o caminho do luxo, onde sobra, onde vamos ter a oportunidade de inspirar e viver tudo aquilo que sonhamos em ter um dia, brilha os olhos. E não estou falando sobre ter um mano do crime como espelho, porque o mano do crime, muitas vezes vai ser o mano que vai te aconselhar a seguir os seus SONHOS, e não entrar naquela vida.
É intrigante dizer que São Paulo é uma das cidades mais ricas do mundo; mas já parou para pensar, que não em “todas”, mas só cresce os números de, “a cada esquina, uma adega”. A controvérsia da oportunidade, eles irão nos dar diversas oportunidades para a gente dispersar aquilo que conseguimos com tanto suor em minutos, e aquilo que não tem valor: Saúde e tempo.
Vi muita gente crescer tendo o sonho de sair daqui; crescer tendo vontade de sentir o gosto de “sobrar”, pelo fato de sempre “faltar” demais, mas que não tiveram o privilégio de nem sair da quebrada.
Enfim, tudo isso é uma metáfora; Viver e Morrer em São Paulo… ou melhor: Sonhar e Desistir em São Paulo; terra das “oportunidades”, “capital das notas”.
No fim de tudo, a gente só quer dar uma condição pra quem a gente ama, pra nossa família; mas muitos acabam indo pelo caminho da escassez de opções, que muitas vezes são as mesmas opções.
Eu fiquei por muito tempo preso no processo criativo de dropar algo na rua; mas eu sempre tive a mentalidade, de que deveria ser algo que eu realmente fosse conseguir me expressar; expressar as minhas referências, sonhos, lírica e estética.
Muita das vezes, sempre abandonava o projeto pela metade, por não conseguir da continuidade justo pelo fato de ter um senso crítico enorme pelas minhas próprias coisas… É nesse ponto, em forma de metáfora que eu quero chegar:
Jamais se limite por algum “rótulo”. Siga seus sonhos sem medo, e lembre-se que além desse plano, temos um criador, e não importa quantas portas fechem para você; acredite e tenha Fé na história qual ele escreveu para você, onde você é o DONO DO CASTELO e não uma VISITA; mas é você quem decide viver ela, ou jogar o livro fora.
Quando for parar para pensar o que X pessoa vai achar do seu trampo, ou o que você não pode fazer porque X pessoa disse que você não era capaz, lembre-se de porque começou a fazer isso.
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