De maio até dezembro, a mostra circula por Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. (Créditos da Imagem: Nego Junior)
O Museu das Favelas, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, anuncia a sua primeira exposição itinerante, a Exposição “Favela em Fluxo”. De maio até dezembro, o Museu percorrerá três capitais brasileiras, levando a exposição para o Paço do Frevo (Recife), Solar Ferrão (Salvador), Museu da Maré (Rio de Janeiro), respectivamente, e, por fim, reunindo toda a experiência em São Paulo, na própria sede do Museu, localizado no Palácio dos Campos Elíseos. A primeira acontece no Recife, com abertura no dia 15/05.
A iniciativa combina experiências artísticas e interativas, convidando o público a uma jornada de trocas culturais e conhecimento sobre o presente para inspirar novas possibilidades de futuros.
“Com a exposição ‘Favela em Fluxo’, o Museu das Favelas abre portas para a democratização cultural, impulsionando o reconhecimento e valorização das expressões artísticas das comunidades brasileiras”, afirma a secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, Marília Marton.
A curadoria é formada por Aline Bispo, multiartista visual, ilustradora e curadora independente, Leonardo Moraes, musicista e coordenador de ações de Arte Educação pelo SESC, Rebecca França, historiadora, curadora e diretora de arte, e José Eduardo Ferreira Santos, pesquisador e curador do Acervo da Laje. Entre os artistas confirmados, apresentando trabalhos de destaque, estão: em Recife, Vitória Vatroi, Nomes, Lua Barral, Cigana e Francisco Mesquita; em Salvador, Mila Souza, Uiler Costa Santos, Fernando Queiroz, Zaca Oliveira e Elson Júnior; no Rio de Janeiro, Jade Maria Zimbra, Abarte Junior, Gael Affonso, Wallace Lino e Deize Tigrona; e em São Paulo, Robinho Santana, Janaina Vieira, MC Lalão do TDS, Wadjla Tuany e Mayara Amaral.
Rebecca França conta que a exposição evidencia os fazeres culturais das periferias brasileiras. “Quando entendemos a favela como nosso ponto de partida, ela torna-se nosso território de aquilombamento e sapiência, esse território é guerreiro quando precisa ser um guerreiro, também é o recuo se a luta não é necessária, isso fundamenta a continuidade de vida. Favela é espaço e tempo para construir infâncias comunitárias, coletivas, brincantes, é lugar de resgate dos nossos antecessores, mas também fomento das nossas descendências. Essa exposição trata dessas re(existências), dessas re(apropriações), e de muitas outras”, destaca.
A exposição evidencia obras de vinte artistas de favela e periféricos, proporcionando uma experiência imersiva, apresentando dados importantes sobre as favelas brasileiras e convidando os visitantes a compartilhar ideias sobre os futuros das favelas por meio de ferramentas interativas e debates. O público poderá conhecer a produção artística em variados suportes, como esculturas, vídeos, telas, fotografia, ilustrações e pinturas.
Para Natália Cunha, diretora do Museu das Favelas, a exposição é uma aliança em prol da transformação social. “Nosso objetivo é desafiar estereótipos e promover o reconhecimento genuíno das potencialidades das favelas, transformando fluxos depreciativos em movimentos de ressignificação e progresso. Juntos, estamos construindo uma nova narrativa, onde o fluxo das favelas se torna a rota primordial para uma cidade mais equitativa e vibrante”, afirma.
“Acreditamos firmemente que a transformação social começa com a valorização da cultura e a garantia de que diferentes perspectivas da mesma sociedade tenham o seu protagonismo. Estamos muito animados por fazer parte desse projeto, que impulsiona talentos e territórios diversos, além de posicionar a cultura como agente protagonista de transformação e inclusão”, afirma Guilherme Vieira, diretor de ESG do Nubank.
A exposição conta com o patrocínio master do Nubank, por meio da Lei de Incentivo Federal à Cultura – Lei Rouanet.
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