Monarckas realiza “A Quebrada É Boa” em Sapopemba que fomenta arte e lazer a partir da cultura hip-hop

Evento gera grande mobilização na Zona Leste com DJ’s, MC’s, breaking, grafite e oficinas abertas à comunidade sob comando do grupo Monarckas – Ronne Cuz, Dablyo e léo.malik. (Créditos da imagem: Mateus Silva)

O grupo Monarckas – atuante em Sapopemba, Zona Leste paulistana, há 20 anos – realiza no dia 07 de abril de 2024, o evento A Quebrada É Boa, a partir das 17 horas. Com atividades que contemplam os elementos do hip-hop – MC’s, DJ’s, Breaking e Grafite – o evento acontece na Av. Sapopemba, 13.525, sendo aberto à toda a comunidade.

Além dos integrantes do Monarckas, Ronneléo.malik e DJ Dablyo, soma-se ao evento a rapper Freeda, revelação 2024 no papel de MC residente. Nesta edição, o evento traz atrações convidadas – Jhayan e a selecta Juta Posse –  e conta com participação de B-boys e B-girls do Future K e da grafiteira Kari. O público também vai desfrutar de vivências e oficinas ministradas pelos integrantes do Monarckas, por Kari e pelo Future K.

Este é o primeiro de uma série de cinco encontros. Os próximos estão previstos para os dias 19/04 (às 18h, Terminal Sapopemba), 15/05 (às 19h, Quadra Moleque Travesso), 23/06 (às 17h, Quadra da 70) e 14/07 (às 18h, Praça do Botafogo). A realização de A Quebrada é Boa, em 2024, pelo grupo Monarckas foi viabilizada pela 20ª Edição / 2023 do Programa VAI – Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Movimento que alia arte e resistência,A Quebrada É Boa pretende reunir a comunidade e celebrar a arte periférica, onde cada um contribui com o a ferramenta que tem, para mostrar que coisas boas estão também na quebrada. “Queremos desmistificar a nossa região como um lugar lembrado só pela violência. As pessoas que vivem em Sapopemba, ou em qualquer outra periferia, merecem respeito, e arte, e cultura, porque existe efervescência cultural e muita gente que faz de Sapopemba um lugar que vibra na arte”, declara o DJ Dablyo. O lemado Monarckas está na letra da música do grupo “Pense em Si”: “Não fique parado esperando acontecer, seja a mudança que deseja ver”. O Ronne Cruz declara: “A Quebrada é Boa traduz a mudança que desejamos ver na nossa quebrada”.

A Quebrada é Boa teve início no ano de 2013, quando os integrantes, todos de Sapopemba, notaram a urgência de ir além do fazer artístico, de realizar shows. “Era preciso introduzir na comunidade ações afirmativas cotidianas para ocupar a lacuna deixada pela falta de acesso aos bens culturais permanentes em nosso território. Para isso, lançamos mão da ferramenta que transformou nossas vidas: o movimento hip-hop”, comenta Ronne Cruz.

Periodicamente, o Monarckas passou a realizar shows itinerantes com vivências e oficinas de MC, DJ, grafite e dança, além de deixar o microfone aberto para quem desejasse recitar poemas ou mostrar músicas em pontos de difícil acesso das ruas, becos e vielas do região. “O melhor resultado deste período de iniciativa foi atribuir o verbo esperançar na comunidade e ver o ‘riso da criança mais triste e carente’, como diz a letra do Racionais MC’s”, comentam. 

A objetivo do projeto é ser um elemento transformador; propiciar o desenvolvimento pessoal e comunitário, construindo pontes entre o conhecimento e o bem viver de crianças, jovens, adultos(as) e idosos(as) do Sapopemba, além de estimular a prática da cidadania e uma nova abordagem das narrativas, tirando-as do círculo vicioso da sociedade que transborda desigualdades sociais nas periferias.

“Nos meus primeiros passos no hip-hop, no início dos anos 90, aprendi através da oralidade e de vivências o poder transformador dessa cultura. Cada elemento do hip-hop respeita a individualidade. No meu caso, sempre apreciei a luta nos bastidores, e neste universo escolhi ser DJ, mal sabia eu do poder dessa função na vida das pessoas. Amo o que faço e o nosso projeto A Quebrada É Boa me dá a oportunidade de aprender e ensinar ao mesmo tempo”, declara DJ Dablyo. E o MC léo.malik completa: “Com A Quebrada é Boa eu consigo notar uma gama de saberes na territorialidade ‘minha quebrada’, que explora o melhor do seu viés artístico-cultural, onde os residentes tem muito a oferecer”.

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