Artista lançou novo single, intitulado como “Flow Lázaro Ramos Part 2”
O rapper Akkuma acaba de liberar o videoclipe do single “Flow Lázaro Ramos Part 2”. No som, o artista une o boom bap e drill para versar sobre os desafios e expectativas do jovem negro periférico no Brasil. Inspirada na canção homônima do rapper Froid, a música dá sequência às mensagens retratadas nas linhas do artista mineiro, mas desta vez, sob o olhar de Akkuma.
“Tento passar nas minhas músicas sempre a realidade em que vivo. Quero que meu som sirva como um conselho para os mais novos, assim como o Racionais MC’s fez. É uma ‘visão’ que gostaria de ter ouvido quando era jovem e me senti perdido. Acredito que meu som possa ao menos amenizar o que eles estão sentindo e ajudá-los a encontrar um caminho”, explica Akkuma que nasceu na comunidade da Ladeira dos Tabajaras, no Rio de Janeiro, e mora no município de Campos dos Goytacazes (RJ), no interior do Estado.
A faixa contou com a produção musical de Jonis, já o videoclipe foi dirigido por João Marcos Felixx. O audiovisual conta com referências a projetos de importantes nomes do cenário do rap nacional e internacional, como “Kyoto”, de Froid e “Yonkers”, do norte-americano Tyler de Creator.
Akkuma iniciou sua trajetória na música em 2012, quando se destacou na cena musical do Rock do interior do Rio de Janeiro com uma banda cover de Slipknot. Contudo, há cerca de dois anos, decidiu se jogar no mundo do hip hop e despontou para o cenário por conta de sua versatilidade e flow afiado, sempre retratando a realidade do jovem negro periférico no país. Com uma lírica agressiva, o rapper tem em sua discografia destaques como: “Ja Morant Freestyle” e “Trap Sujo”, colaboração com Bigmig e vazmato.
O single abre os trabalhos de “Contos da Minha Quebrada”, próximo EP de Akkuma, previsto para ser lançado no início de 2024. Para completar o lançamento, o rapper carioca está produzindo um documentário sobre a sua trajetória. “Estou construindo esse projeto com muito carinho. Sinto que ele será muito importante, porque trouxe para os sons alguns relatos reais que vivi ao longo da minha vida e que envolvem questões como racismo e abuso policial”, ressalta.
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