Depois de quatro anos sem rap na Virada Cultural, finalmente ele voltou. Dessa vez sem Racionais Mc’s por motivo um tanto óbvio, apenas Edi Rock e Kl Jay participaram dessa edição da Virada Cultural com Don Pixote e uma atração inesperada: Dexter. Nathy Mc e Nego Jam também subiram ao palco. Logo que cheguei já podia ouvir a voz inconfundível de Edi Rock cantando “Sopra Lobo Mau”, música na qual faz participação com o grupo A Família, mas a música que abriu o show foi “Jorge da Capadócia” música de Jorge Ben e a primeira faixa do cd Sobrevivendo no Inferno. Continuando a relembrar os velhos tempos, cantou “Mágico de Oz” que por algum motivo eu acho que combina muito com o cenário do centro de São Paulo, nessa hora Edi Rock dedicou a música em homenagem as crianças do Brasil e lembrou do triste acontecimento de Realengo. Também cantou a mais recente “Sou Gangsta” e a clássica “Negro Drama”. Edi Rock é um dos rappers que na minha opinião mais representam na rima, letra inteligente, voz grave, uma combinação perfeita. Don Pixote cantou, dentre outras, “Inimigo é de Graça”, “Aquecendo as naves” e “Fechado com o Senhor”.
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Depois quem entrou no palco foi Taylor Mc Ferrin e B Negão, foi uma apresentação e tanto! Mc Ferrin mostra sua super habilidade no toca discos, é uma coisa impressionante. Enquanto ele se acabava no scratch o pessoal acompanhava improvisando ou gritando “hey, ho”. B Negão cantou as antigas do Planet Hemp “Legalize Já”, “Dig Dig Dig (Hempa)” e “Contexto” são alguns exemplos que levantaram o público, além de cantar suas próprias composições como, “Enxugando o Gelo”
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Nelson Triunfo apresentou o evento e logo já estava no meio do público, abriu uma roda e fez um break dance animando quem aguardava entre um show e outro.
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Às 22h Fred Wesley e JB’s entram em cena. Eram seis músicos mais o trombonista, acompanhado de trompete, saxofone, guitarras, baixo, bateria e teclado. Fred Wesley acompanhou James Brown nos anos 60 e 70, o verdadeiro Soul americano estava agora na Praça da República. Foi simplesmente genial, música de qualidade! Agora podemos mostrar pra sociedade que o hip hop é a mais pura cultura de rua e o rap está inserido nele, merece ser respeitado e ter seu espaço na sociedade, deve fazer parte dos festivais, eventos, show públicos.
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